PEIXEIRADA NA TVI
PEIXEIRADA NA TVI
O “JORNAL” das 20 horas da tvi é um nojo; é um autêntico “Tempo de Antena” de todas as oposições ao PS, dirigido pela 1ª dama do Canal, D. Manuela Moura Guedes, que já nem sequer se dá ao trabalho de disfarçar, pois está constantemente a emitir explícitamente a sua oposição ao PS, a propósito de tudo e de nada, sublinhando-a com trejeitos faciais e gestuais de péssimo gosto.
Por tal razão, quase nunca vejo esse soi-disant “Jornal”. Ontem, porém, vi-o, porque o Dr. Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, anunciou na página da Ordem na Internet que lá ia. Como advogado, não podia deixar de ver.
O Dr. Marinho, eleito por cerca de 1/3 dos advogados, está hoje completamente isolado, devido á suas atitudes de autêntico ditador.
Tem contra ele todos os outros órgãos da Ordem, democraticamente eleitos no mesmo dia – e portanto praticamente pelo mesmo conjunto de eleitores- que o elegeram a ele: Conselho Superior, Conselhos Distritais e Conselhos de Deontologia. Tem também contra ele todos os anteriores Bastonários da Ordem. Isso deve-se sobretudo ao facto de o Dr. Marinho pretender esvaziar esses órgãos dos seus poderes – ou mesmo extingui-los – concentrando em si próprio todo o poder. O Dr. Marinho, que costuma anunciar com pompa e circunstância as “brilhantes” iniciativas que vai tomar, enviou à socapa para o Ministério da Justiça um anteprojecto de alteração do Estatuto da Ordem, da aprovação do qual resultaria praticamente que ele concentraria todos os poderes em si próprio, e, além disso , se tornaria intocável: não poderia ser destituído nem sequer contrariado pela Assembleia Geral, em que têm assento TODOS os advogados; as suas decisões seriam insusceptíveis de recurso; e seria praticamente impossível instaurar-lhe processos disciplinares, por mais infracções deontológicas que cometesse.
Com estas atitudes o Dr. Marinho não só concitou a oposição activa de todos os que não o apoiaram – contrariamente ao que sempre aconteceu na Ordem, em que quando um Bastonário uma vez eleito passava a ser reconhecido e aceite por todos os advogados – como perdeu o apoio da maior parte dos que votaram nele. Assim, na Assembleia Geral para discussão do orçamento para 2009, tal orçamento foi chumbado, mas não por uma grande maioria, pois só ele, Dr. Marinho, tinha mais de 600 procurações a seu favor . Já na 2ª Assembleia Geral, destinada a discutir as contas da ordem de 2008, tais contas foram estrondosamente chumbadas, não tendo o Dr. Marinho conseguido, entre procurações e votos presenciais, mais de uns míseros 360 votos.
Por outro lado, é significativo que do próprio Conselho Geral – presidido pelo Dr. Marinho e por ele escolhido a dedo entre os seus mais indefectíveis fiéis, já se demitiram 3 membros, um dos quais vice-presidente. E também se demitiu do cargo de Presidente da Comissão dos Direitos do Homem para o qual o próprio Dr. Marinho o tinha designado, o Dr. José Augusto Rocha, Ilustre Advogado que se destacou durante o regime fascista por defender anti-fascistas nos Tribunais Plenários.
Nestas circunstâncias vergonhosas não era difícil à D. Manuela atacá-lo. Mas não tenhamos ilusões: não foi por isso que ela o atacou com tanta virulência; atacou-o sim porque ele, num artigo em que aliás estava cheio de razão, criticou os métodos viciosos e ilegais com que a PJ e o MP instauraram e vêm conduzindo o chamado “caso Freeport”.
Daí resultou uma “peixeirada” indecente, em que entrevistadora e entrevistado praticamente se insultaram. Foi um espectáculo que encheu de gozo os que gostam ver essas peixeiradas mas foi indigno da qualquer canal de televisão que se preze. E muita sorte teve a D. Manuela em ser mulher; se fosse homem o mais certo seria o Dr. Marinho ter-lhe dado dois murros.
Em suma: a D. Manuela e o Dr. Marinho estiveram bem uma para o outro: nem ela tem categoria para ser jornalista nem ele tem categoria para ser Bastonário.
O “JORNAL” das 20 horas da tvi é um nojo; é um autêntico “Tempo de Antena” de todas as oposições ao PS, dirigido pela 1ª dama do Canal, D. Manuela Moura Guedes, que já nem sequer se dá ao trabalho de disfarçar, pois está constantemente a emitir explícitamente a sua oposição ao PS, a propósito de tudo e de nada, sublinhando-a com trejeitos faciais e gestuais de péssimo gosto.
Por tal razão, quase nunca vejo esse soi-disant “Jornal”. Ontem, porém, vi-o, porque o Dr. Marinho e Pinto, Bastonário da Ordem dos Advogados, anunciou na página da Ordem na Internet que lá ia. Como advogado, não podia deixar de ver.
O Dr. Marinho, eleito por cerca de 1/3 dos advogados, está hoje completamente isolado, devido á suas atitudes de autêntico ditador.
Tem contra ele todos os outros órgãos da Ordem, democraticamente eleitos no mesmo dia – e portanto praticamente pelo mesmo conjunto de eleitores- que o elegeram a ele: Conselho Superior, Conselhos Distritais e Conselhos de Deontologia. Tem também contra ele todos os anteriores Bastonários da Ordem. Isso deve-se sobretudo ao facto de o Dr. Marinho pretender esvaziar esses órgãos dos seus poderes – ou mesmo extingui-los – concentrando em si próprio todo o poder. O Dr. Marinho, que costuma anunciar com pompa e circunstância as “brilhantes” iniciativas que vai tomar, enviou à socapa para o Ministério da Justiça um anteprojecto de alteração do Estatuto da Ordem, da aprovação do qual resultaria praticamente que ele concentraria todos os poderes em si próprio, e, além disso , se tornaria intocável: não poderia ser destituído nem sequer contrariado pela Assembleia Geral, em que têm assento TODOS os advogados; as suas decisões seriam insusceptíveis de recurso; e seria praticamente impossível instaurar-lhe processos disciplinares, por mais infracções deontológicas que cometesse.
Com estas atitudes o Dr. Marinho não só concitou a oposição activa de todos os que não o apoiaram – contrariamente ao que sempre aconteceu na Ordem, em que quando um Bastonário uma vez eleito passava a ser reconhecido e aceite por todos os advogados – como perdeu o apoio da maior parte dos que votaram nele. Assim, na Assembleia Geral para discussão do orçamento para 2009, tal orçamento foi chumbado, mas não por uma grande maioria, pois só ele, Dr. Marinho, tinha mais de 600 procurações a seu favor . Já na 2ª Assembleia Geral, destinada a discutir as contas da ordem de 2008, tais contas foram estrondosamente chumbadas, não tendo o Dr. Marinho conseguido, entre procurações e votos presenciais, mais de uns míseros 360 votos.
Por outro lado, é significativo que do próprio Conselho Geral – presidido pelo Dr. Marinho e por ele escolhido a dedo entre os seus mais indefectíveis fiéis, já se demitiram 3 membros, um dos quais vice-presidente. E também se demitiu do cargo de Presidente da Comissão dos Direitos do Homem para o qual o próprio Dr. Marinho o tinha designado, o Dr. José Augusto Rocha, Ilustre Advogado que se destacou durante o regime fascista por defender anti-fascistas nos Tribunais Plenários.
Nestas circunstâncias vergonhosas não era difícil à D. Manuela atacá-lo. Mas não tenhamos ilusões: não foi por isso que ela o atacou com tanta virulência; atacou-o sim porque ele, num artigo em que aliás estava cheio de razão, criticou os métodos viciosos e ilegais com que a PJ e o MP instauraram e vêm conduzindo o chamado “caso Freeport”.
Daí resultou uma “peixeirada” indecente, em que entrevistadora e entrevistado praticamente se insultaram. Foi um espectáculo que encheu de gozo os que gostam ver essas peixeiradas mas foi indigno da qualquer canal de televisão que se preze. E muita sorte teve a D. Manuela em ser mulher; se fosse homem o mais certo seria o Dr. Marinho ter-lhe dado dois murros.
Em suma: a D. Manuela e o Dr. Marinho estiveram bem uma para o outro: nem ela tem categoria para ser jornalista nem ele tem categoria para ser Bastonário.
Comentários
Há algo que funciona mal na analise do dito...
Enfim, é assim a vida...
a pretexto dumas coisas fala-se de outras...
abraço na mesma, que gosto de ler suas observações
tudo o resto desconheço.
Há, porém, uma outra visão, que perpassa para a futricagem leiga.
Os homens da justiça (juízes, magistrados MP, advogados) são há séculos uma das duas classes profissionais determinantes, na vida do país. Inflacionadamente determinantes, pelo poder de que dispõem, e que afanosamente procuram resguardar.
Mas dá-se o caso de serem, os homens da justiça, uma das classes menos apreciadas pela opinião pública, que hoje em dia vai existindo. A qual, apesar de ser frágil, tem a noção clara de que aquilo que se passa na justiça, só se pode chamar uma vergonha. Comportamentos, decisões, contradições, e sobretudo prazos, egoísmos, e ineficácias várias, fragilizam, confundem, perturbam, se não mesmo tornam insuportável a vida e a coesão geral. Para não falarmos na economia.
Sendo o assunto complexo, é evidente que os primeiros responsáveis por este quadro de caos são os homens da justiça. E é claro que muita coisa na justiça teria que mudar, para que Portugal fosse um país viável. E é claro que poderia mudar, se os homens da justiça assim quisessem. E é claro que não mudará.
É aí que o bastonário entra. Dando sinais de pretender pôr em causa os arranjos instalados. Denunciando e afrontando, não sei se bem se mal, este sossego de alma das togas que ressonam.
O mesmo poder político muito se teme delas, e quantas vezes pactua, em vez de as afrontar.
Não antevejo futuro ao bastonário. Mas vejo mais aos homens da justiça, do que à própria justiça e ao país.
é de facto incómodo para os advogados que vivem no sistema alguém denunciar aquilo que todos sabem mas não têm coragem de afirmar, que há advogados que são coniventes. quanto à entrevista com a "mouca guedes", levou com a ripa. já era tempo de alguém chegar ao circo da tvi e zancar na senhora. custa-me a aceitar que um jornalista como o sousa tavares pactue com aquela cambada.
Finalmente, alguém teve a coragem de desmontar em directo o embuste jornalístico que é a Manuela Moura Guedes nos telejornais da TVI. Só podia ser o Dr. Marinho e Pinto. Esta senhora, quase tem o condão de nos fazer defender o que acusa. Estar ao contrário dela, é meio caminho para estar certo.
A forma como o Dr. Marinho e Pinto rebateu a Manuela foi soberba e foi o triunfo da Justiça de uma forma inesperada, mas não faltarão agora os tais puristas do costume, os mesmos que a mantêm refém entre as teias de aranha dos seus imobilismos, a vir atacá-lo pela veemência utilizada na defesa das acusações despudoradas que a Moura Guedes lhe fazia. Que coragem aquela! Que orgulho tenho estar entre as pessoas que mais o admira neste país. Faço daqui um apelo aos advogados que o elegeram: não desistam deste Bastonário, porque nunca como hoje senti que um advogado pode fazer tanto pela Justiça que nos falta, e devem perguntar-se porque razão colecciona inimigos tão poderosos. É um momento único para a advocacia portuguesa, aceitem fazer parte das transformações que este país precisa.
E se os seus indices de popularidade decrescem entre alguns operadores que não querem que se toque no imobilismo que é a Justiça Portuguesa, eles crescem como se vê na opinião pública espectadora e atenta à revolução que é urgente operar na nossa Justiça.
Não pertenço á area do Direito, mas nunca nenhum dos Bastonários anteriores teve a arte de me fazer acreditar na regeneração daquele edifício, como o Dr. Marinho e Pinto.
Essa "nova" Ordem só pode ser uma assciação profissional democrática que a "limpe" dos formalismos do passado, a maioria dos quais, ineficientes e eivadas de um intolerável conservadorismo. Outros pergaminhos são puras situações de fachada, nem sendo sequer formalismos, são meras formalidades.
Desde o dia da sua eleição que começou no interior da coorporação uma impedosa "guerrilha", a que não são estranhos os grandes escritórios de advogados. Estes tem acesso - quando querem - aos media e, em momentos críticos, intensificam a guerrilha e ameaçam-no com a destituição.
Os outros 25.000 advogados não têm voz mas não será possível derrubar o Dr. Marinho Pinto, ignorando-os.
Finalmente, o burlesco, mas esclarecedor, episódio ocorrido com Manuela Moura Guedes, no noticiário da TVI, só foi possível pelo facto da entrevistadora desconhecer a personalidade férrea, a determinação e a firmeza do Dr. Marinho Pinto. Qualidades que, em meu entender, não pretende jogar em floreados na comunicação social, mas utilizar para reformar a "sua" Ordem dos Advogados.
Este episódio põe-me a congeminar sobre o que se teria passado se tivesse tido lugar com o anterior Bastonário...
Mas adivinhar não vale!