Aquilino Ribeiro no Panteão Nacional

Aquilino Ribeiro foi esta manhã trasladado do Cemitério dos Prazeres para o Panteão Nacional, numa cerimónia com honras de Estado. O escritor vai ficar sepultado ao lado de um homem que muito admirava: o General Humberto Delgado.

Poucos mereceram tanto tamanha honra. Bastava «O Malhadinhas» para a glória de um escritor de tão vasta obra.

Honra ao republicano, democrata e notável escritor.

Comentários

Anónimo disse…
Além de grande romancista, ardente e determinado democrata, Aquilino Ribeiro notabilizou-se pelo persistente e profícuo trabalho de ter fixado na Língua Portuguesa o riquíssimo léxico popular da Beira Alta. E, depois, é toda uma prosa fascinante a recorrer metaforicamente às imagens dos trabalhos agrícolas dos povos serranos.
e-pá! disse…
A justiça é sempre tardia neste País.
O reconhecimento, por vezes, nunca chega.
Mas, por Aquilino, pela sua obra humana, literária e política, valeu a espera... e, para além disso, no que me diz respeito, sinto-me imensamente reconhecido, isto é, identitáriamente mais forte e culturalmente mais rico.
Obrigado!
Anónimo disse…
..mas,se fosse hoje,penso que não seria'sucialista'(de súcia,não sei se me estou a fazer entender...)
Anónimo disse…
Uma honra que tardava e que prestigia o País.Mas mais vale tarde que nunca.
Aquilino foi efectivamente um romancista impar,pelo excepcional conjunto de obras que deixou publicadas, excepcional no quantidade e, sobretudo, na qualidade da sua notável prosa.
Mas Aquilino foi igualmente um cidadão exemplar, sabendo juntar a palavra à acção cívica e política, especialmente na denúncia e no combate às ditaduras de João Franco, Sidónio Pais e Salazar. E essa é outra lição de vida que nos deixou.
Fica sepultado ao lado de outro grande lutador pela liberdade,Humberto Delgado,e junto a outros vultos da Língua Portuguesa. Mas, infelizmente, também perto de Sidónio Pais e Óscar Carmona, contra quem lutou, o que não dignifica o Panteão Nacional.
Só mesmo em Portugal!

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