Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Qualquer organização, com capacidade financeira, sente-se no direito de apresentar um plano, um projecto, uma proposta ao Governo sobre obras PÚBLICAS (desde que movimentam muitos milhões de €'s).
Ora, se as obras são públicas, deverá ser o governo saído de eleições, liberto de condicionalismos vários (sempre sectoriais) a decidir.
Tudo o resto cheira a tentativa de "puxar a brasa à sua sardinha"...
O que não será assim tão porreiro, pá!
Há poucos anos, um concurso de fornecimento de helicópteros para as Forças Armadas, apareceu repentinamente despachado para execução.
Depois de anos à espera na Lei de Programação Militar.
Perante a completa surpresa das chefias militares.
Estavamos a meses de uma campanha eleitoral de âmbito nacional.
PS: de uma coversa, há dias, numa sala de oficiais.
Coitados, também?