Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Espere-se em tempo muito breve uma explicação, para este acto próprio de uma ditadura.
Houve alguém que emanou uma ordem para o acto; quem foi ? Quem lho disse para o fazer?.
A sociedade Democrática exige a resposta completa e objectiva, e não uma palavrosa e vazia de conteúdo.
A acção desenvolvida pela polícia na Covilhã junto ao SPRC, é uma intrusão inconcebível num regime democrático e um "ataque" inqualificável à liberdade sindical.
Governar pode, em certas circunstâncias, ser incómodo, mas para fugir dessas "incomodidades", ninguém está acima da lei.
Aguardemos que os 2 guardas "à civil" não sejam os bodes expiatórios desta grave situação, são imprescindíveis explicações dos responsáveis políticos.
Por estas e por outras, não serei mais enganado, PS, nunca mais.
Reforçar o papel dos Sidicatos, dar mais força aos protestos,e fazer com que mais pessoas venham para a rua que se indignem.
Estes Socialistas são mesmo bons!!!!
Começa a ser preocupante o número de casos que resvalam para um cego autoritarismo que parece querer inculcar nos portugueses a cultura do medo. E é lamentável que isto esteja a acontecer sob a égide de um partido socialista, onde o seu "chefe" não admite ser contestado e contrariado.
Aliás, estas pequenas manifestações, esta gritaria, apenas enfraquecem e descredibilizam a luta sindical.