Espanha – O julgamento dos atentados de Atocha
A sentença judicial, hoje conhecida, sobre os atentados de 11 de Março, em Madrid, põe fim à teoria da conspiração que Aznar elaborou como bom mitómano e excelente farsante. Rajoy, fiel ao seu antecessor, não se demarcou a tempo da encenação grotesca com que o PP quis caucionar o crime da invasão do Iraque.
O PP conseguiu fazer o pleno do apoio do episcopado espanhol à sua política e até às manifestações públicas onde não faltaram o garrido das mitras e o brilho dos báculos com centenas de sotainas a abrir pias manifestações contra o Governo de Zapatero.
Conseguiu mais, conseguiu que o Vaticano se intrometesse na luta partidária espanhola com a beatificação de 498 mártires da guerra civil espanhola, a juntar aos 479 elevados por João Paulo II em gestos de gratidão para com o Opus Dei e de solidariedade para com a Conferência Episcopal Espanhola.
A Igreja espanhola, comprometida ainda com o franquismo, é o principal pilar do PP e a tropa de choque da direita sem se dar conta de que muitos católicos são filhos e netos de vítimas de Franco e que a Espanha é hoje um país civilizado, culto e rico onde a ruralidade já desapareceu.
É por isso que o apuramento da verdade sobre o 11 de Março é tão demolidor para o prestígio dos que preferiram manter a mentira a fazer um acto de contrição.
Esta sentença judicial, independentemente de quem ganhar as próximas eleições, é um labéu contra a mentira e a dissimulação de velhos franquistas e actuais conservadores. Factos são factos e é nessa sólida barreira que o PP esmagou a honra e a credibilidade. A mentira ficará a pesar-lhe tanto quanto o crime de Aznar na invasão do Iraque.
O PP conseguiu fazer o pleno do apoio do episcopado espanhol à sua política e até às manifestações públicas onde não faltaram o garrido das mitras e o brilho dos báculos com centenas de sotainas a abrir pias manifestações contra o Governo de Zapatero.
Conseguiu mais, conseguiu que o Vaticano se intrometesse na luta partidária espanhola com a beatificação de 498 mártires da guerra civil espanhola, a juntar aos 479 elevados por João Paulo II em gestos de gratidão para com o Opus Dei e de solidariedade para com a Conferência Episcopal Espanhola.
A Igreja espanhola, comprometida ainda com o franquismo, é o principal pilar do PP e a tropa de choque da direita sem se dar conta de que muitos católicos são filhos e netos de vítimas de Franco e que a Espanha é hoje um país civilizado, culto e rico onde a ruralidade já desapareceu.
É por isso que o apuramento da verdade sobre o 11 de Março é tão demolidor para o prestígio dos que preferiram manter a mentira a fazer um acto de contrição.
Esta sentença judicial, independentemente de quem ganhar as próximas eleições, é um labéu contra a mentira e a dissimulação de velhos franquistas e actuais conservadores. Factos são factos e é nessa sólida barreira que o PP esmagou a honra e a credibilidade. A mentira ficará a pesar-lhe tanto quanto o crime de Aznar na invasão do Iraque.
Comentários
A história faz-se sempre ... ...
Foi referido pelo juíz?
Parece ter andado distraído da campanha feita pelo PP para estabelecer cumplicidades da ETA com a carnificina de Atocha. Aliás, ainda recentemente essa referência ética da civilização ocidental – Aznar – insistia nessa tecla para atenuar a mentira com que quis enganar os espanhóis na véspera das últimas eleições legislativas.
O julgamento provou que Aznar mentiu deliberadamente pelo facto de ter demonstrado de forma cabal que logo nas primeiras horas se soube da origem islâmica do terror.
Até ontem, jornais como o El Mundo ainda insistiam na conexão da ETA. O que está em causa é a desfaçatez do PP e do seu ex-presidente que – sabe-se hoje –, foi dos mais entusiastas dos invasores do Iraque, com os desastrados efeitos que se sabem.
La Vanguardia, hoy.
E tal facto, não precisa de ficar lavrado nos autos que constituiem a sentença.
Esta dupla condenção estará presente na mente dos espanhóis e dos familiares das vitimas.
É triste de um partido ganhar as eleições à custa de morte de inocentes!
Qui Nov 01, 02:19:00 AM"
A ignorância, a estupidez e o fanatismo fazem um cocktail escaldante que tem como resultado esta espantosa afirmação.Que cérebro retorcido!Corra para o médico, anónimo, ou pelo menos tome os medicamentos, pode ser que ainda vá a tempo...
Isso mesmo, aquela que brincávamos ao faz de conta ! Eu era o Alberto João Jardim e tu o Carlos Esperança !!!
Lembras ??? Bons tempos!!! eu já saí do hospital, mas tem calma que um dia tenho esperança que também saías.... CALMA!!! ehehehehe
Faça a catarse dos seus recalcamentos com os insultos mas, por favor, escreva sem erros de ortografia e respeite o assunto dos textos.
MADRID
El Ministro del Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, ha pedido al presidente del PP, Mariano Rajoy, que reconozca públicamente la autoría islamista en los atentados del 11 de marzo del 2004. "Le pido a Rajoy que repita conmigo: 'ETA no ha sido", ha declarado Rubalcaba, en sus primeras declaraciones sobre la sentencia dictada ayer por la Audiencia Nacional sobre el 11-M.